Por que nos fascinam os astros?

Agosto 3, 2009 às 2:39 am | Publicado em Espaço | 1 Comentário

Por vezes, demoro tempo a ver certos programas. Só hoje me foi possível ver o programa da Fernanda Freitas  sobre a conquista da Lua. Um excelente programa, com grandes convidados que souberam enquadrar bem o problema da conquista da Lua. É curioso o caso que a Fernanda Freitas deu de alguém que pensava que o Américo Tomás tinha sido o 1º homem a ir à Lua. Portanto, um programa cheio de coisas curiosas e uma conversa agradável entre astrónomos. No entanto, reparei em alguns erros que refiro por convidado.

Domingos Barbosa – tem razão em dizer que os sítios das missões Apollo não foram escolhidos à toa, mas nenhuma nave Apollo aterrou dentro de uma cratera como ele diz no programa, nem foram em busca de titânio como ele também diz. De resto esteve bem.

Rui Agostinho – é um bom comunicador, mas a ideia de que as missões Apollo acabaram porque cientificamente já não interessava voltar à Lua (já tinham trazido rochas suficientes para resultados científicos) é uma ideia errada. Na verdade, as missões acabaram por falta de apoio político, porque a NASA tinha planos para realizar mais missões depois da Apollo 17, só não o fez por falta de apoio financeiro. Depois emendou mais à frente. Outro erro: dizer que o rególito lunar é de origem vulcânica, também não é uma informação correcta, na verdade, o rególito lunar tem origem no impactismo e tem composições diferentes em função do local lunar.

Orfeu Bertolami -só uma pequena correcção sobre o combustível que usava o motor ascendente do módulo lunar, não era querosene como foi dito por ele, mas sim aerozina, um combustível à base de hidrazina. O filme que costumamos ver do homem a descer na Lua é mesmo do Neil Armstrong, não é do Aldrin, como ele dá a entender. O filme é feito por uma câmara que está agarrada a uma plataforma lateral do módulo lunar (MESA), que é accionada quando o astronauta desce a escada. De resto esteve muito bem em todo o programa.

1 Comentário »

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  1. […] Num registo mais sério em 2009. Três investigadores a falar da conquista da Lua na TV. Todos se enganaram mais coisa menos coisa, como na altura registei. Nenhum era da área e estavam os três a falar de um tema que conheciam por alto. Depois há os comentadores sem formação académica. Tivemos um desses durante muitos anos na RTP. O Eurico da Fonseca e raramente cometia erros. E porquê? Era uma pessoa muito bem preparada e habitualmente falava do que sabia, ou seja, exploração espacial. Tinha vivido a época, tinha acompanhado toda a exploração do espaço, era uma pessoa bem informada e era difícil enganar-se. E, no entanto, não tinha formação académica. […]


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